Estávamos dormindo.
Eu e ele.
Tudo havia corrido bem todos os dias.
É claro que ele havia desaparecido alguns dias, mas o que fazer?
Eu estou aqui por ele.
Não há outro jeito quando se trata da verdade.
O telefone toca.
Um voz estridente um tanto irritada soa do outro lado da linha.
Com um pulo ele levanta.
- Para de brincadeira, cara. Isso não é coisa que se faça.
A vozinha estridente continou:
- E quem disse que é brincadeira? Morreu. Na frente da minha casa.
Eu dei um pulo da cama.
Então a conversa continuou. A vozinha contava que um colega de trabalho havia se desastrado em cima de uma moto e batido defronte a um poste.
Sua morte. Certa e inevitável.
Como se as coisas estivessem programadas para acontecer daquela forma.
Desligou o telefone.
Uma lágrima rolou em sua face. De ponta a ponta, mostrando como seria o dia. Molhado de dor e afogado em sua angústia.
Solene dia. E que dia.
A ficha? Quem disse que caiu no final dele.
Somente quando se deparou com o corpo do amigo.
Ali, naquele momento, a percepção do que era a vida mudou completa e radicalmente.
Eu, que já havia passado por isso, entendia. Mas ele. Meu irmão. Nunca conheceu a morte antes daquele momento.
Foi crucial todo o amor que eu tinha por ele.
Nossa, que lindo isso! Acho que o amor, em todas as suas formas, é mesmo crucial em todos os momentos da vida.
ResponderExcluirEnfim,meu blog está num novo endereço. Dá uma passadinha lá e se quiser seguir fique a vontade. =P
http://www.gabrielacandido.com/blog
*-*
ResponderExcluirClaro que eu vou linda, eu já conhecia o blog rs !