Seu coração pulsava de tal forma que não entendia o que ele realmente queria dizer. Era fácil quando se tratava de ódio, de raiva, mas isso que ela sentia não fazia sentido. Era tão desconexo!
Não tinha tempo nem espaço, mas assim mesmo ela se ocupava em pensar sobre o que acontecia. Suas irmãs não souberam lhe explicar e percebeu então, que, ninguém poderia explicar. Afinal, nem ela mesma sabia dizer o que realmente se passava.
Suas emoções andavam por aí descontroladas. Sem muito se importarem com o que fazia com ela por dentro. Seu coração estava esfuziante. Algo acontecia, era óbvio.
Mas, o que exatamente?
Não sabia responder à essa pergunta. Era tão concreto quanto as borbulhas do mar.
Não tinha uma exata consistência, e mesmo assim existia. Sentia seu coração querendo sair de órbita a qualquer momento.
Seus costumes mudaram. Tudo mudara de uma noite para o dia, na realidade, e ela não sabia se reconhecer naquele corpo. Era diferente e especial.
Depois de quase quatro meses tentando decifrar, entendeu.
Não era amor. Nem paixão. Muito menos ódio ou raiva. Seus sentimentos eram um pouco mais agitados que o amor, e muito mais manso do que a raiva.
Era um sentir de complemento. Seu eu encontrara a vida que realmente queria. Demorou para entender, pois foi tão difícil chegar aqui que agora a conclusão demorou a chegar. Seu raciocínio ilógico não a permitiu de concluir mais rápido que isso.
Sua vida estava no lugar.
Finalmente sua vida foi para o lugar de onde nunca tinha de ter saído.
Mas... faltava uma coisa.
Muito importante.
Ah sim, era a hora de ir ao altar e contemplar a face daquele que colocou sua vida no lugar.
Seu amor, seu único amor. O dono de toda a ladainha de sua vida.
Deus.
0 felicidades