Desisto das palavras bonitas, dos textos bonitos, das experiências legais e românticas. Cansei das maneiras estranhas de como eu escrevo, como se tudo fosse o mar de rosas e eu a pequena princesa esperando por meu pequeno príncipe encantado, para governarmos nosso pequeno reino. Que jogue tudo para o alto. Que extravasem-se as emoções. Não me importa o que pensam, não me importa o que dizem, me importa o que eu sou e nada mais. Não me importa as expectativas que eles colocam sobre mim, não me diz respeito o que eles querem que eu seja, eu apenas quero ser. E não importa o que for, mas ser, e me bastar. Satisfazer-me do que tenho e do que sou. Não entendo por que tantas armadilhas, tantas encruzilhadas esperando, uma a uma, para me pegar de surpresa. E que se dane o mundo! Não me interesso com o que o tudo quer que eu seja, eu sou e ponto. Não posso fazer nada. Não me deixam fazer nada. Lava a louça, esfrega o chão, e a diversão? Já fiz o meu trabalho, e já fiz mais que deveria, deixe de ser preguiçosa, mova esse traseiro gordo da frente do computador e vá andar de bicicleta, vai ver o mar, vai entender o entender da vida. Veja como o dia passa, divirta-se com a natureza e que se dane o resto! Que tudo aquilo que colocaram em você, se destrua! Escreva sua história, faça-se eu e não nós! Esqueça-se dos valores por um momento, faça-se presente para alguém, esqueça as mágoas e os rancores, e que se dane tudo! Tente ser parte daquilo que você não é. Reconstrua-se. Caia fora do sistema, extreme-se, coloque-se no lugar dos outros. VIVA! Seja, seja, seja. Entenda e desentenda, entender não é necessário sempre! Contradiga-se, surpreenda, e faça. Faça apenas para achar que tentou.
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